segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Distâncias!

Eu e a Joana estamos habituadas à distância, desde que fomos para a faculdade que aprendemos a estar juntas somente ao fim de semana e nas férias. Acredito, que para maior parte das amizades este fator seria fatal, mas para a nossa não, acho também que o "destino" nos deu esta dificuldade porque nós seríamos sem dúvida capazdes de a ultrapassar.
Mas, existem vários tipos de distância, aquela que sabemos que basta esperar 5 dias e aquela que sabemos que temos que esperar meses. Confesso que nunca chei estar preparada para esta distância, tentei apenas distrair-me, primeiro foi com o facto de vir apra uma casa nova em Coimbra, depois a primeira semana, seguida de algumas compras... mas agora que aprece que tudo já se tornou numa rotina, que já poucas coisas são novas, percebo que esta distância está a matar-me aos pouquinhos.
Tenho uma forma talvez muito própria de lidar com isso, e tento ao máximo que ninguém perceba que me está a afetar muito, mas muito mesmo. Queria falar mais contigo, ligasr-te mais vezes e ouvir a tua voz de preferência todos os dias, queria ligar-te no Skype, ver a tua cara, se estás mais magra, se estás bem (consigo perceber de olhar para ti), melhor que tudo queria estar aí contigo para que nunca te sentisses sozinha... mas sinceramente não consigo. Não te consigo ligar muito menos ver-te, sinto-me completamente incapaz de o fazer, talvez porque isso me mostre e prove que realmente estás longe. Sei que tenho falhado redondamente nesse ponto, que não tenho estado à altura da tua melhor amiga, que tenho faltado à minha palavra, mas custa-me tanto...
De cada vez que me perguntam por ti e como estás, só me apetece dizer que não estou contigo para saber. O fim de semana perdeu um bocadinho a piada, confesso que não venho tão entusiasmada, ainda este último, eu precisei tanto de ti, só de ti, e não havia hipótese para nada.
Fazes-me falta Joana, muita falta mesmo. E eu sabia que ia ser assim, msa não sabia que ia custar tanto passar uma sexta ou um sábado contigo. Não há ninguém por perto que me consiga compreender tão bem quanto tu e ultimamente tem sido pior.
Sei que a nossa amizade é superior a isto, mas queria que passasse num abrir e fechar de olhos.
Tenho saudades, muitas mesmo.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Sonhos de Criança.

Todos temos um objectivo na vida. Desde pequenos que sonhamos com alguma coisa, há quem queira ser cantor, pintor, actor. O meu sonho (além da fase parvinha de querer ser cantora como a Celine Dion) era ter uma família. Ser feliz com o meu marido e ter filhos.

Desde os meus 15 anos que achava que estava no caminho certo, tinha-te ao meu lado e bastava imaginar-me no futuro contigo que estava bem, feliz e isso bastava.
Hoje, com 22 anos, apesar de muita coisa ter mudado voltei a sonhar, como quando era pequenina. 
Desde que não estava contigo que já não sonhava com o mesmo, era aquela base de ser feliz, sem precisar de ninguém.
Bem acho que todos precisamos de alguém, de ter um conforto, um carinho, daqueles carinhos que mais ninguém pode e sabe dar. 
Voltaste, e trouxeste contigo muito do que tinha perdido, trouxeste-me (isso é o mais importante).

Ás vezes é como se fosse um sonho, daqueles que não queremos acordar, daqueles sonhos que nos fazem sorrir o dia inteiro. O meu sonho vai longo, e eu sei que desta vez não vou acordar. Estou completamente preparada para o que aí vem, para os olhares de conhecidos que não entendem, para quem nos conhece bem e não entende, para aqueles que aceitam e para os que não aceitam. Estou preparada para os ciúmes (como se alguma vez tivesse deixado de os sentir), estou preparada para explicar a quem quiser perceber, e mesmo sabendo que não devo explicações, do que sinto e como o sinto.

Há pessoas que procuram por um amor verdadeiro a vida inteira, eu encontrei o meu aos 15 anos. Deixei-o fugir, mandei-o embora. Voltei e mandei embora de novo. Voltei outra vez e sei que desta é para sempre.

Tenho sem dúvida que te agradecer por esperares, mesmo sem saberes, por não seguires em frente (mesmo que tenhas tentado), tenho que te agradecer pela confiança que sempre depositaste em mim. Mas não mintas, porque tu sabias desde o início que eu ia voltar, tu sabias que mais dia menos dia eu estaria de novo na tua vida. 
Mas não posso agradecer só a ti. Seria fácil de mais se fosses só tu. Eu voltava tu aceitavas e pronto. Todos temos pessoas que nos rodeiam, amigos, amigos tipo família, pessoas a quem contamos tudo. Quiseste que tentasse entrar de novo no teu Mundo, aquele que esteve contigo quando desapareci, aquele que provavelmente te deu mais um copo para mão para esqueceres que existia. O teu Mundo não tinha que me aceitar, não tinha que ser simpático para comigo, não tinha que me convidar para cafés, não tinha que sorrir para mim. 
Não entendes e sei que nunca entenderás, mas o medo de tentar entrar nesse Mundo era e ainda é muito grande. A rejeição é umas das piores coisas, e se Ele me rejeitasse não havia volta a dar. Eu sabia disso. Sabia que se te dissessem "Não a queremos aqui" tu irias ter que escolher. Prefiro não pensar para que lado tu irias, porque eu já te magoei.  Assim tenho também que agradecer ao teu Mundo, aos teus amigos, por me aceitarem, por não me fazerem sentir uma estranha, por me fazerem sentir rídicula do medo que tinha. Confesso que ainda não é fácil, acredito que estejam à espera que eu falhe, mas sei que aos poucos as coisas devem ir ao sítio. 

Quanto ao que posso prometer, desta vez, e sem sombra de dúvida: Eu não vou falhar! 
Eu sei que não serei nunca perfeita, mas não vou falhar. Porque falhar seria acordar do meu sonho e eu sei que não quero isso.

Há pessoas que procuram por um amor verdadeiro a vida inteira, eu encontrei o meu aos 15 anos e és tu. É contigo que quero fazer planos, planos para amanhã, para a semana, para o mês, para o ano, apra a vida. É a tua cara que preenche a cara e corpo em branco dos meus sonhos de criança. É do teu Mundo que eu gostava de fazer parte, sem teres que escolher, sem pensar. 

Obrigada por me amares e me fazeres sonhar a cada dia que passa.