segunda-feira, 8 de junho de 2015

Violência Doméstica- uma doença!

"A violência doméstica é uma doença, consegue matar mais do que o cancro, em Portugal!"
Li esta frase quando andava no 10º ano, decidi fazer um traballho sobre este tema. Acho que me saí muito bem na apresentação do memso, contudo a minha professora não gostou. Senti-me injustiçada, é verdade que utilizei imagens que chocaram toda a turma, mas eram imagens reais, de mulheres reais e de vidas desfeitas por este problema!
Perguntou-me na altura porque é que escolhi aquele tema para um trabalho de escola! Achei uma pergunta parva, era óbvio e passo a explicar porquê.
Conheço muita gente que passou e passa por este problema, pessoas próximas demais apra eu fazer de conta que este era um problema que me passava ao lado, pessoas que sofriam demais a cada dia que passava por este problema. E porque me considerava mulher, sim eu sei que apenas estava no 10º ano, mas e daí? Talvez soubesse mais deste assunto do que a professora que me estava a questionar sobre o mesmo.
Sou mulher, e hoje com 22 anos, fazia de novo o trabalho sobre este tema. É algo que me revolta, que me deixa fora de mim, que me faz querer fazer parte de todas as organizações que possam eventualmente ajudar estas mulheres. Mulheres essas que estão fragilizadas, com medo, com dor e por vezes com filhos a seu cargo.
Pergunto-me se não seria altura de todas as mulheres se revoltarem e fazerem de tudo o que está ao nosso alcance para que este CANCRO da SOCIEDADE PARE!? Existem situações tão mas tão simples, tais como denunciar casos que sejam do nosso conhecimento. E aí vem aquela questão de "eu meter-me num assunto que não é meu? Ainda sobra para mim!", é um problema nosso, independemente de não sermos nós a levar porrada de um bicho que acha que tem poder sobre as mulheres! É um problema da sociedade, de todos nós. Um dia podemos ser nós, esse é um facto!
E acho piada a mulheres que dizem "A mim?? a mim nunca um homem iria bater!", digo eu, quem somos nós para determinar o dia de amanhã? Quem somos nós para dizer desta água nunca beberei. Há apenas um grupo de pessoas que compreendo que o diga, aquelas que já foram vítimas e que tiveram a força suficiente para terminar com aquilo.
A violência doméstica mata! Mata mulheres, jovens crianças e bebes. Mata quem se colocar à frente de um bicho terrível sem cérebro e com vontade de estrilhaçar quem aparecer à frente!
A violência doméstica não é amor de forma alguma, mas compreendo as mulheres que esperam incessantemente que aquilo páre, que as promessas de mudança se realizam, que o amor apareça de novo!
E agora vou contradizer-me claramanente, mas eu acredito na mudança! Acredito que um bicho daqueles volte a ser um homem com amor para dar, mas para isso, tem que perder! Tem que perder o amor e carinho das suas filhas, tem que perceber que ninguém o respeita e apenas o temem! Tem que perceber que não é ninguém na vida delas e que aquilo irá terminar mal! Tem que olhar para uma das suas filhas e sentir que ela o odeia e que não o quer na sua vida! Aí talvez haja mudança! Aí talvez haja a vontade de mudar e isto é possível.
Mas, mesmo quando isto acontece nada muda, então não há volta a dar. Não há forma de mudar e tenho a certeza que aquela situação irá acabar da pior forma possível para uma das partes.
Sei que xistem tambéem casos de violência doméstica no sexo masculino, mas confesso, que sobre esse lado pouco sei, não faço ideia se são muitos ou poucos casos, mas acredito que sejam muito menos do que no sexo feminino.
Concluindo, sou apenas uma rapariga de 22 anos, que sabe que pouco pode fazer relativamente a este assunto, resta-me utilizar as redes sociais apenas para divulgar casos, na esperança de que alguém leia isto e que pense um pouco não só em si, mas em quem nos rodeia que pode estar a passar por este tipo de situações e por vergonha de contar continua a sofrer calada!

Apenas um.


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