domingo, 23 de agosto de 2015

Tentativa Falhada!

Estive perto demais. Estava finalmente a conseguir. Estava a gostar, a apreciar, queria sem dúvida viver o que me estava reservado, quem estava ali. O destino (ou seja lá o que tenha sido) colocou alguém no meu caminho, alguém que me estava a tratar de uma maneira especial, alguém de quem eu estava realmente a gostar. Achava que estava mesmo no caminho certo, não tinha muitas dúvidas, sentia-me preparada para avançar, sem olhar para trás, pensei que mesmo que se olhasse não me fizesse diferença.
Até que tu reapareceste. Depois de muito tempo sem saber nada de ti, sem te ver, sem ouvir a tua voz.. sem saber sequer se estavas vivo e em Portugal. Lá estavas tu. A andar em direcção ao carro, de chinelos e calções, bonito (sempre foste bonito sabias?), mas diferente. O teu olhar, não era o mesmo. Vinhas a olhar para o telemovel tal como eu. Apercebia-me nesse preciso momento que não sabia a matrícula do teu carro e que poderia ter estado perto de ti antes, sem saber.
Os nossos lhares cruzaram-se, como era invitável. Acho que deixei de respirar, fiquei sem ar. E como medrosa que sou, fugi,não havia outra hipótese para mim. E tu lá ficaste, a conversar com a minha mãe (não entendo como ela gosta tanto de ti).
A minha mãe deu-me o recado, mandaste-me um beijinho, pergunto-me porque é que não vieste atrás de mim e não o deste, diretamente, sem recados. A dúvida apoderou-se de mim, e pela primeira vez, desde há muito tempo, estava eu, a escrever uma mensagem, da melhor maneira que sabia, entrando de novo no teu espaço, sem querer estragar tudo de novo, querendo tirar a minha dúvida.
Não entendo o que há entre nós, bastou uma mensagem, para que eu colocasse tudo em causa. Eu já tinha dúvidas, agora  eu já não sabia se estava preparada, eu já não sabia o que sentia. Queria e ainda quero muito fugir disto tudo. Para um lugar onde a minha cabeça encontre um rumo, um lugar que me tire as dúvidas.
Acho que aquela expressão que usei, quando depois de muitas mensagens voltamos aos cafés (escondidos de toda a gente), a de somos como um iman é a mais correta.
Por mais chateada e magoada que esteja, acabo sempre contigo numa mesa de café, a fazer uma vida de "e se..."
Gostava de ter coragem, para tomar uma atitude radical, mas tu sabes que não tenho. Tu sabes que por muito que goste de ti, não tenho capacidade para tomar decisões.
Ás vezes tenho medo que deixes de ser real, que comece a pensar em ti apenas como um sonho.
Agora,passaram alguns dias...não consigo voltar ao mesmo com a outra pessoa (tu disseste "vai, faz a tua vida, isto só termina quando um de nós avançar"),  eu sei que nunca serei eu a dar o primeiro passo, fico presa, não consigo dar-me, por mais que pensem que me dou.
Voltaste a desaparecer, aquela noite, não passa agora de mais uma memória. Pergunto-me quando vais voltar a aparecer, se vens num estilo descontraído e despenteado ou clássico e elegante, pronto para uma noite de arromba e engate!
Seja como for, eu a ti nunca poderei prometer nada (pelo menos agora), apenas que vou amar-te sempre, da maneira que ninguém compreende, a minha maneira.

"E que tu sejas livre, para escolher, porque eu não posso obrigar-te a ficar. Mas prometo-te o melhor de mim, se decidires pousar. É… eu acho que mais não posso prometer, tens uma vida a escolher e adorava fazer parte dela."

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